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ESPARTA

terça-feira, 23 de março de 2010

FRANKSTEIN E DESCARTES


O filósofo Descartes separou mente e corpo em sua teoria do dualismo psicofísico. Segundo esta teoria o corpo é uma máquina que não tem comparação com a mente que Descartes chamou de substância pensante. A razão é o centro do ser humano e é definido por essa capacidade que faz dele uma criatura distinta dos animais. “O homem é um animal racional” equivale a dizer, penso, logo existo, o cogito cartesiano que coloca na razão a propriedade de distinguir e estabelecer como deve ser o mundo e dominá-lo já que se sente superior a todos os outros animais. Caberia ao homem então o poder de usar a sua mente para fazer o que quiser pois usando da razão( a inteligência ) tudo sairia perfeitamente calculado. Tanto esta idéia foi desenvolvida que até hoje a ciência moderna se propões a moldar o ser humano através da engenharia genética, para aperfeiçoá-lo, impedindo que ele venha a ter doenças ou envelhecer. Já no século XIX uma mulher chamada Mary Shelley criou uma obra que representa essa vontade humana influenciada por Descartes de recriar um ser perfeito, o Frankstein:
O pai de Mary Shelley era adepto da teoria de Descartes, o Racionalismo. E estava naturalmente interessado em ciência e desejo de reanimar a vida, provavelmente por causa de sua idade , e pessoalmente, devido à perda de uma mãe e seu próprio filho. Segundo SCHWARTZ, no período em que o livro foi escrito a autora viveu num mundo que passava por transformações trazidas pela Revolução Industrial
• . Luigi Galvani em 1790 fez experimentos com eletricidade na esperança de reanimar os mortos.. acreditava-se - desde pernas de rã se contraiam quando colocado em choque, que poderia ser trazido de volta à vida.
• Durante muito tempo a igreja não permitia que um corpo fosse violado e que não poderia ser violado, mesmo após a morte, desse modo as escolas médicas recorreu ao túmulo de roubar para obter cadáveres. Eventualmente (por 1752), as leis foram aprovadas pelo Parlamento para permitir a dissecação de corpos de criminosos enforcados. Desse modo se começou a pensar se não seria possível costurar as partes do corpo para fazer uma nova pessoa

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