Pesquisar este blog

ESPARTA

terça-feira, 23 de março de 2010

Cidade do Salvador, 12 de agosto de 1798. Aquele não seria um dia comum. Logo
cedo, seus habitantes ficaram sabendo, por ouvirem dizer ou mesmo por terem constatado,que papéis suspeitos tinham amanhecido afixados em paredes e portas de locais movimentados da cidade. Era um dia de domingo, e a notícia se espalhou entre os que assistiam à missa, iam comprar alimentos ou descansavam à porta das casas.
Foram, ao todo, onze papéis, chamados pelas autoridades de “papéis sediciosos”,
pois seu conteúdo conclamava o povo da cidade - povo bahiense - à sedição contra Portugal e contra a ordem vigente na Capitania. Estavam afixados em locais de destaque, sendo um deles colado próximo ao palácio do próprio governador, D. Fernando José de Portugal e Castro. Foram afixados durante a noite,
provavelmente por mais de uma pessoa, dados os locais onde apareceram
As aspirações de liberdade que se espalhavam entre as colônias do continente americano neste fim do século XVIII relacionam-se, portanto, com a crise do sistema colonial, bem como com as idéias econômicas, políticas, sociais e filosóficas que se difundiam na Europa na mesma época, denominadas de Iluminismo ou Ilustração. No seu conjunto, essas idéias, elaboradas por intelectuais ligados à nascente burguesia industrial, defendiam a liberdade, a igualdade e a fraternidade entre os homens; a liberdade de comércio; o direito dos povos à liberdade. Um exemplo concreto dos resultados desses acontecimentos no Novo Mundo é a chamada “Revolução Americana” ou Independência das 13 Colônias
FRANKSTEIN E DESCARTES


O filósofo Descartes separou mente e corpo em sua teoria do dualismo psicofísico. Segundo esta teoria o corpo é uma máquina que não tem comparação com a mente que Descartes chamou de substância pensante. A razão é o centro do ser humano e é definido por essa capacidade que faz dele uma criatura distinta dos animais. “O homem é um animal racional” equivale a dizer, penso, logo existo, o cogito cartesiano que coloca na razão a propriedade de distinguir e estabelecer como deve ser o mundo e dominá-lo já que se sente superior a todos os outros animais. Caberia ao homem então o poder de usar a sua mente para fazer o que quiser pois usando da razão( a inteligência ) tudo sairia perfeitamente calculado. Tanto esta idéia foi desenvolvida que até hoje a ciência moderna se propões a moldar o ser humano através da engenharia genética, para aperfeiçoá-lo, impedindo que ele venha a ter doenças ou envelhecer. Já no século XIX uma mulher chamada Mary Shelley criou uma obra que representa essa vontade humana influenciada por Descartes de recriar um ser perfeito, o Frankstein:
O pai de Mary Shelley era adepto da teoria de Descartes, o Racionalismo. E estava naturalmente interessado em ciência e desejo de reanimar a vida, provavelmente por causa de sua idade , e pessoalmente, devido à perda de uma mãe e seu próprio filho. Segundo SCHWARTZ, no período em que o livro foi escrito a autora viveu num mundo que passava por transformações trazidas pela Revolução Industrial
• . Luigi Galvani em 1790 fez experimentos com eletricidade na esperança de reanimar os mortos.. acreditava-se - desde pernas de rã se contraiam quando colocado em choque, que poderia ser trazido de volta à vida.
• Durante muito tempo a igreja não permitia que um corpo fosse violado e que não poderia ser violado, mesmo após a morte, desse modo as escolas médicas recorreu ao túmulo de roubar para obter cadáveres. Eventualmente (por 1752), as leis foram aprovadas pelo Parlamento para permitir a dissecação de corpos de criminosos enforcados. Desse modo se começou a pensar se não seria possível costurar as partes do corpo para fazer uma nova pessoa