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ESPARTA

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Felipe Patroni e imprensa Liberal no Pará

A história da imprensa na Cabanagem ,embora a primeira circulação de um jornal impresso no Brasil tenha ocorrido em 1808, no Pará o primeiro periódico só ocorre em 1821.
O contexto era o Vintismo no Grão Pará, ou seja, a expansão das idéias liberais na província do Pará que foi reflexo da Revolução do Porto, em Portugal, que exigia o retorno da Corte, que se encontrava no Rio de Janeiro desde 1808. O Movimento em Portugal tinha a finalidade de regenerar a pátria portuguesa que se encontrava fortemente influenciada pela Constituição Espanhola; estabelecer uma Monarquia constitucional, aos moldes do liberalismo; e restaurar, por conta dos interesses da burguesia comercial metropolitana, a exclusividade comercial com o Brasil, que em 1815 havia sido elevado à comercial metropolitana, a exclusividade comercial com o Brasil, que em 1815 havia sido elevado à comercial metropolitana, a exclusividade comercial com o Brasil, que em 1815 havia sido elevado à condição de Reino Unido.
“O comércio entre o Pará e Portugal havia progredido, subindo sempre nos últimos decênios do século passado e nos primeiros deste; mas, depois que o Rei de Portugal se instalou no Rio de Janeiro e prometeu liberdade dos portos, passou grande parte desse comércio para Inglaterra, o que ficou provado pela grande afluência de navios ingleses no porto brasileiro”. (Vicente Salles – Memorial da Cabanagem, 1992).
A partir disso, em janeiro de 1821, surge aos moldes do “Correio Braziliense”, a “Gazeta do Pará” que era organizada e publicada em Lisboa. Este jornal valorizava as notícias da corte portuguesa e, não apresentava características de periódico por se configurar enquanto documento impresso que visava divulgar os eventos relativo à proclamação da ordem constitucional metropolitana na então Capitania do Pará (...), a “Gazeta do Pará” era o instrumento de Felipe Patroni de tornar público a importância de uma constituição para o Estado e seus cidadãos.
“Severa crítica à administração dos negócios públicos, esforçando – se por desenvolver certas políticas entre seus contemporâneos, opiniões por certo favoráveis ao regime livre dos povos, mas de alguma forma ameaçadoras do sistema até então seguido pelos agentes do poder”. (Vicente Salles – Memorial da Cabanagem, 1992).
Um ano depois é criado o jornal “O Paraense” que tem sua primeira edição publicada em 22 de maio de 1822. Ele foi impresso numa máquina trazida da Europa por Felipe Patroni, Daniel Garção de Melo entre outros sócios. A linha editorial de “O Paraense” foi marcada pela luta em prol da liberdade (incluindo a liberdade de imprensa) e Independência do Brasil, sendo esta última fortemente evidenciada no período em que assume a direção do jornal o Cônego Batista Campos. Com a adesão da então Província do Pará à Independência do Brasil, em 1823, o jornal deixa de existir.