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ESPARTA

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A CRISE MEDIEVAL E A EXPANSÃO MARÍTIMA

O crescimento demográfico, observado na Europa a partir do século X, modificou o modelo auto-suficiente dos feudos. Entre os séculos XI e XIII a população européia mais que dobrou. O aumento das populações impulsionou o crescimento das lavouras e a dinamização das atividades comerciais. No entanto, essas transformações não foram suficientes para suprir a demanda alimentar daquela época. Nesse período, várias áreas florestais foram utilizadas para o aumento das regiões cultiváveis.

A discrepância entre a capacidade produtiva e a demanda de consumo retraiu as atividades comerciais e a dieta alimentar das populações se empobreceu bastante. Em condições tão adversas, o risco de epidemias se transformou em um grave fator de risco. No século XIV, a peste negra se espalhou entre as populações causando uma grande onda de mortes que ceifou, aproximadamente, um terço da Europa. No século XV, o contingente populacional europeu atingia a casa dos 35 milhões de habitantes.

A falta de mão-de-obra disponível reforçou a rigidez anteriormente observada nas relações entre senhores e servos. Temendo perder os seus servos, os senhores feudais criavam novas obrigações que reforçassem o vínculo dos camponeses com a terra. Além disso, o pagamento das obrigações sofreu uma notória mudança com a reintrodução de moedas na economia da época. Os senhores feudais preferiam receber parte das obrigações com moedas que, posteriormente viessem a ser utilizadas na aquisição de mercadorias e outros gêneros agrícolas comercializados em feiras.

Os camponeses, nessa época, responderam ao aumento de suas obrigações com uma onda de violentos protestos acontecidos ao longo do século XIV. As chamadas jacqueries foram uma série de revoltas camponesas que se desenvolveram em diferentes pontos da Europa. Entre 1323 e 1328, os camponeses da região de Flandres organizaram uma grande revolta; no ano de 1358 uma nova revolta explodia na França; e, em 1381, na Inglaterra.

Passadas as instabilidades do século XIV, o contingente populacional cresceu juntamente com a produção agrícola e as atividades comerciais. Em contrapartida, a melhoria dos índices sociais e econômicos seguiu-se de novos problemas a serem superados pelas sociedades européias. A produção agrícola dos feudos não conseguia abastecer os centros urbanos e os centros comerciais não conseguiam escoar as mercadorias confeccionadas.

Ao mesmo tempo, o comércio vivia grandes entraves com o monopólio exercido pelos árabes e pelas cidades italianas. As rotas comerciais e feiras por eles controladas inseriam um grande número de intermediários, encarecendo o valor das mercadorias vindas do Oriente. Como se não bastassem os altos preços, a falta de moedas impedia a dinamização das atividades comerciais do período. Nesse contexto, somente a busca de novos mercados de produção e consumo poderiam amenizar tamanhas dificuldades. Foi assim que, nos séculos XV e XVI, a expansão marítimo-comercial se desenvolveu

OS CONFLITOS NA REGIÃO DO PRATA

A Guerra do Prata,[2], também conhecida como Guerra contra Oribe e Rosas,[3] foi um episódio numa longa disputa entre Argentina e Brasil pela influência no Uruguai e hegemonia na região do Rio da Prata. A guerra foi travada no Uruguai, Rio da Prata e nordeste argentino de agosto de 1851 a fevereiro de 1852, entre as forças da Confederação Argentina e as forças da aliança formada pelo Império do Brasil, Uruguai e províncias rebeldes argentinas de Entre Rios e Corrientes.

A ascensão de Juan Manuel de Rosas como ditador argentino e a guerra civil no Uruguai após sua independência do Brasil geraram instabilidade na região do Prata, devido ao desejo argentino de ter Uruguai e Paraguai em sua esfera de influência, e posteriormente recriar o antigo Vice-reinado do Prata. Estes objetivos eram contrários à soberania brasileira, uma vez que o antigo vice-reinado era formado por terras pertencentes à província do Rio Grande do Sul, e aos interesses brasileiros de influência na região, que já haviam gerado a Guerra da Cisplatina e instigariam ainda outras duas guerras.

A Guerra do Prata terminou com a vitória aliada na Batalha de Monte Caseros em 1852, estabelecendo a hegemonia brasileira na região do Prata e gerando estabilidade política e econômica ao Império do Brasil. Porém, a instabilidade nos outros países da região permaneceria, com as disputas internas entre partidos no Uruguai e uma guerra civil na Argentina pós-Rosas. Este conflito faz parte das chamadas Questões Platinas na História das Relações Internacionais do Brasil e como parte integrante

terça-feira, 14 de junho de 2011

IDENTIFICANDO AS ALTAS HABILIDADES

Quando falamos em altas habilidades/superdotação é comum remetermos o pensamento à lembrança de nomes como o de Leonardo da Vinci, Albert Einstein, Thomas Edison, Beethoven… Enfim, lembramo-nos de nomes de pessoas que, com sua inteligência e seus feitos, contribuíram para a evolução da cultura e da ciência da humanidade. Muitos desses indivíduos, que hoje são reverenciados, passaram pelas mais diversas situações de constrangimento e humilhação por expor ideias inovadoras e criativas para a época. Considerados loucos, hereges e anarquistas, houve aqueles que foram rejeitados, os que se isolaram da sociedade, os que foram expulsos de seu meio e os que foram mortos.

Tanto a genética quanto o ambiente são responsáveis pelas variações da inteligência dacriança. Não podemos prever a extensão em que as potencialidades podem se desenvolver; podemos oferecer oportunidades adequadas para as crianças satisfazerem suas curiosidadess obre o ambiente que a cerca para que o seu potencial genético possa levá-lo a se desenvolver de acordo com as suas capacidades. A superdotação é influenciada por fatores genéticos, fatores do indivíduo (como auto-estima elevada, coragem, persistência, energia, alta motivação) e por fatores ambientais (oportunidades variadas, personalidade e nível educacional dos pais, estimulação dos interesses).
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/53893/1/Educacao-de-Educandos-com-Altas-Habilidades-Superdotacao/pagina1.html#ixzz1PFkNKse7

terça-feira, 31 de maio de 2011

A ÉTICA DE kANT E ARISTOTELES

A ética para Aristóteles
“ o homem que quer viver bem deve viver sempre segundo a razão”
Para Aristóteles o objecto da ética é a felicidade esta corresponde a vida boa, isto é, uma vida digna.
O DEVER – é a necessidade de cumprir uma acção por respeito à lei.
Aqui vê-mos que não podemos obedecer a lei porque é lei, mas porque respeitamos a lei. Daí Kant nos mostra a necessidade da intenção.
Praticamos uma acção porque temos uma pureza de intenção, e que nos conduz a esforços.

GINCANA AVALIATIVA

OLÁ CARÍSSIMOS ALUNOS DE HISTÓRIA DO 2º ANO
Faremos em lugar de uma prova tradicional, uma espécie de gincana na qual cada aluno participará de acordo com suas habilidades, e o tema central será a Cabanagem:
Vocẽs podem consultar na google um game sobre a cabanagem e o endereço é: www.br-ie.org/pub/index.php/wie/article/view/973/959
Eis alguns trechos da Cabanagem que serão objeto das tarefas
1) Batista Campos continuou com as publicações do jornal fundado por Felipe
Patroni. Ele também foi perseguido pelos portugueses, e por isto, o movimento se
intensificou e passou a ser marcado pela violência. Em 1834 ele morre por não ter o
devido cuidado médico a uma infecção de um ferimento, isso por estar foragido no
interior do estado do Pará. Batista Campos era o principal líder dos cabanos, que
invadiram Belém e tomaram o poder uma semana após a sua morte.
2)Em 6 de janeiro de 1835, liderados por Antônio Vinagre, os rebeldes (tapuios, cabanos, negros e índios) tomaram de assalto o quartel e o palácio do governo de Belém, nomeando Félix Antonio Clemente Malcher presidente do Grão-Pará. Os cabanos, em menos de um dia, atacaram e conquistaram a cidade de Belém, assassinando o presidente Lobo de Souza e o Comandante das Armas, e apoderando-se de uma grande quantidade de material bélico. No dia 7, Clemente Malcher foi libertado e escolhido como presidente da província e Francisco Vinagre para Comandante das Armas.
3)O governo cabano não durou muito tempo, pois o novo presidente, Félix Malcher - tenente-coronel, latifundiário e dono de engenhos de açúcar - era mais identificado com os interesses do grupo dominante derrotado, e é deposto em 19 de fevereiro de 1835, com o apoio das classes dominantes, que pretendiam manter a província unida ao Império do Brasil.[1]

Francisco Vinagre, Eduardo Angelim e os cabanos pretendiam se separar. O rompimento aconteceu quando Malcher mandou prender Angelim. As tropas dos dois lados entraram em conflito, saindo vitoriosas as de Francisco Vinagre. Clemente Malcher, assassinado, teve o seu cadáver arrastado pelas ruas de Belém.

Agora na presidência e no Comando das Armas da Província, Francisco Vinagre não se manteve fiel aos cabanos. Se não fosse a intervenção de seu irmão Antônio, teria entregue o governo ao poder imperial, na pessoa do marechal Manuel Jorge Rodrigues (julho de 1835). Devido à sua fraqueza e ao reforço de uma esquadra comandada pelo almirante inglês Taylor, os cabanos foram derrotados e se retiraram para o interior. Reorganizando suas forças, os cabanos atacaram Belém, em 14 de agosto. Após nove dias de batalha, mesmo com a morte de Antônio Vinagre, os cabanos retomaram a capital.
4)capital.

Eduardo Angelim assumiu a presidência. Durante dez meses, a elite se viu atemorizada pelo controle cabano sobre a província do Grão-Pará. A falta de um projeto com medidas concretas para a consolidação do governo rebelde, provocaram seu enfraquecimento. Diante da vitória das forças de Angelim, o império reagiu e nomeou, em março de 1836, o brigadeiro Francisco José de Sousa Soares de Andréa como novo presidente do Grão-Pará, autorizando a guerra total contra os cabanos. Em fevereiro, quatro navios de guerra se aproximavam de Belém, prontos para atacar a cidade, tomada pela desordem, fome e varíola. No dia 13 de maio de 1836, o brigadeiro d'Andrea estacionou sua esquadra em frente a Belém e bombardeou impiedosamente a cidade. Os cabanos insurgentes escapavam pelos igarapés em pequenas canoas, enquanto Eduardo Angelim e alguns líderes negociavam a fuga.[1]

O brigadeiro d'Andrea, entretanto, julgando que Angelim, mesmo foragido, seria uma ameaça, determinou que seus homens fossem ao seu encalço. Em outubro de 1836, numa tapera da selva, ao lado de sua mulher, Angelim foi capturado, tornado prisioneiro na fortaleza da Barra, até seguir para o Rio de Janeiro. A Cabanagem, porém, não acabou com a prisão de Eduardo Angelim. Os cabanos, internados na selva, lutaram até 1840, até serem completamente exterminados (nações indígenas foram chacinadas; os murá e os mauê praticamente desapareceram).[1]

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Yeats é um dos grandes poetas da língua inglesa. Nascido na Irlanda, apresenta em seus poemas uma rica visão do mundo e da saga humana, e a capacidade que teve para
defender e exigir de seus contrários o respeito por suas idéias místicas. The
Sorrow Of Love faz parte do livro The Rose, publicado em 1893, e mesmo estando
entre seus primeiros trabalhos já revela a inigualável qualidade musical de sua
poesia.
The full round moon and the star-laden sky,
And the loud song of the ever-singing leaves,
Had hid away earth’s old and weary cry .
And then you came with those red mournful lips,
And with you came the whole of the world’s tears,
And all the trouble of her labouring ships,
And all the trouble of her myriad years.
And now the sparrows warring in the eaves,
The curd-pale moon, the white stars in the sky,
And the loud chaunting of the unquiet leaves,
Are shaken with earth’s old and weary cry.

TRADUÇÃO EM PORTUGUÊS -AS PENAS DO AMOR
Sobre os telhados a algazarra dos pardais,
Redonda e cheia a lua - e céu de mil estrelas,
E as folhas sempre a murmurar seus recitais,
Haviam esquecido o mundo e suas mazelas.
Então chegaram teus soturnos lábios rosas,
E junto a eles todas lágrimas da terra,
E o drama dos navios em águas tempestuosas
E o drama dos milhares de anos que ela encerra.
E agora, no telhado a guerra dos pardais,
A lua pálida, e no céu brancas estrelas,
De inquietas folhas, cantilenas sempre iguais,
Estão tremendo - sob o mundo e suas mazelas.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

O Chalaça e a crise política do I Reinado


Se quisermos compreender a crise política que se abateu sobre o I Reinado de D Pedro I,precisamos conhecer um pouco da vida de Francisco Gomes da Silva, mais conhecido como o Chalaça.
Chalaça era uma espécie de secretário particular de D Pedro I, e tão bem desincumbiu-se de seu serviço que D. Pedro não queria mais prescindir deles. Por um lado, Chalaça dominava várias línguas, escrevia com correção, tinha o pensamento organizado - perfeito administrador. Por outro lado, prestava também outros "servicinhos", como arranjar belas mulheres para o imperador. A mais fascinante de todas surge na vida de D. Pedro exatamente numa viagem a São Paulo e se chamava Domitília de Castro Canto e Mello, que mais tarde receberia o título de Marquesa de Santos.

É sabido que Domitília teve amores com D. Pedro. Pode ser provável também, conforme aponta Cipriano Barata que Domitília e o Chalaça fossem amantes mancomunados para extrair do príncipe o maior lucro. Teria sido, enfim, um triangulo amoroso. O fato é que, a partir da Independência, a influência do Chalaça junto ao imperador aumentou, o que se traduz em diversos títulos honoríficos e fortuna crescente.

Além do mais, era o alcoviteiro, o oportunista, o intermediário de negócios escusos, o financista, o conselheiro do imperador, a alma danada que contribuiu para a preservação no poder do Partido Português e para a neutralização de homens públicos como José Bonifácio. E assim passou à história como a sombra de Pedro I, e arranjador dos esquemas de corrupção que uma vez delatados pela imprensa da época, mancharam o prestígio do primeiro imperador do Brasil

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O filme Quo Vadis e a Roma antiga


A Roma Cristã

No princípio Roma era politeísta e pagã. No final do período republicano o cristianismo penetra em Roma, e os cristãos serão perseguidos. O auge da perseguição aos cristãos aconteceu depois do grande incêndio que destruiu Roma, pois as pessoas acreditavam que a culpa era de Nero.
Mas o imperador culpou os cristãos e executou milhares deles publicamente - muitos foram usados como tochas humanas nos jardins do palácio.
Mesmo assim, os cristãos continuaram a crescer em número graças aos ensinamentos de São Paulo. Ao contrário dos romanos, que praticavam a cremação, eles enterravam seus mortos em sepulturas – uma série de cemitérios subterrâneos foi construída entre os séculos V e II d.C.
O filme Quo Vadis retrata essa época da perseguição ao cristianismo na Roma de Nero

quinta-feira, 17 de março de 2011

Aos alunos de História do 1º ano

Caríssimos:
Postei aqui no meu blog um artigo escrito por um professor de Mitologia(JUnito de Souza Brandão), no qual ele explica sobre o culto de Dionísio em Atenas, e de como a política influencia na religião. As mudanças plíticas que se sucederam em Atenas, provocaram a perda do poder da classe dominante(os eupátridas)e a conquista do poder de classes emergentes, como os camponeses e os comerciantes. Essa situação politica foi favorável para que novos cultos fossem aceitos na cidade(polis)

O culto a Dionisio e a política de Atenas


Dionisio somente fez seu aparecimento solene e "oficial" na pólis de Atenas, assim como na literatura grega e, por conseguinte, na mitologia, a partir do século VI a..c. por que tão tardiamente, ? A explicação:. Dionisio é um deus essencialmente agrário, deus da vegetação, por isso mesmo, permaneceu por longos séculos confinado no campo cultuado por camponeses. É que Atenas, até os fins do século VII a.C, foi dominada pelos Eupátridas, os bem-nascidos, os nobres, que, sendo os únicos que se podiam armar, eram igualmente os únicos que podiam defender a pólis, tornando-se esta propriedade dos mesmos. Assim, o governo, as terras, o sacerdócio, a justiça sob forma temística (expressa pela "vontade divina") somente a eles, aos Eupátridas, pertenciam de direito e de fato. Senhores de tudo, eram também senhores da religião. Seus deuses Olímpicos e patriarcais (Zeus, Apolo, Posídon, Ares, Atena...), projeção de seu regime político, mantinham-lhes a pólis e o status quo. A Pólis e seus Eupátridas eram politicamente guardados pelos imortais do Olimpo.
Somente no século VI a.e.c. com o enfraquecimento militar e, por consequinte, político dos Eupátridas, o qual foram perdendo pela criação do sistema monetário (a terra até então era a forma principal de riqueza dessa classe), pelo vertiginoso desenvolvimento do comércio, pelo descontentamento popular - a revolução era iminente, segundo expressa Sólon - e sobretudo pela consttituição do mesmo legislador, inclusive acerca da reforma solonina, quando se lançaram em Atenas as primeiras sementes da democracia, é que o povo começou a ter certos direitos na pólis. As sementes da democracia frutificaram-se rapidamente, como é sabido, e de Sólon, passando por Pisístrato e depois por Clístenes, Efialtes e Péricles, o povo teve, afinal, voz soberana se fez ouvir: era a assembléia do povo. com o povo e a democracia, Dionisio, de tirso em punho, seguido de suas Mênades ou Bacantes, suas sacerdotisas , fez sua entrada triunfal na polís de Atenas
Na realidade, a política de Pisístrato (605-527 a.e.c.), que tanto fez por Atenas e por seu povo, buscou com afinco o nivelamento das classes sociais e a conciliação dos diversos cultos, tentando realizar uma verdadeira confraternização entre os deuses. Pois bem, foi a partir principalmente desse tirano que em Atenas se celebravam quatro grandes festas em honra do deus do vinho: Dionísias Rurai, Lenéias, Dionísias Urbanas ou Grendes Dionísias e Antestérias