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ESPARTA

terça-feira, 23 de março de 2010

Cidade do Salvador, 12 de agosto de 1798. Aquele não seria um dia comum. Logo
cedo, seus habitantes ficaram sabendo, por ouvirem dizer ou mesmo por terem constatado,que papéis suspeitos tinham amanhecido afixados em paredes e portas de locais movimentados da cidade. Era um dia de domingo, e a notícia se espalhou entre os que assistiam à missa, iam comprar alimentos ou descansavam à porta das casas.
Foram, ao todo, onze papéis, chamados pelas autoridades de “papéis sediciosos”,
pois seu conteúdo conclamava o povo da cidade - povo bahiense - à sedição contra Portugal e contra a ordem vigente na Capitania. Estavam afixados em locais de destaque, sendo um deles colado próximo ao palácio do próprio governador, D. Fernando José de Portugal e Castro. Foram afixados durante a noite,
provavelmente por mais de uma pessoa, dados os locais onde apareceram
As aspirações de liberdade que se espalhavam entre as colônias do continente americano neste fim do século XVIII relacionam-se, portanto, com a crise do sistema colonial, bem como com as idéias econômicas, políticas, sociais e filosóficas que se difundiam na Europa na mesma época, denominadas de Iluminismo ou Ilustração. No seu conjunto, essas idéias, elaboradas por intelectuais ligados à nascente burguesia industrial, defendiam a liberdade, a igualdade e a fraternidade entre os homens; a liberdade de comércio; o direito dos povos à liberdade. Um exemplo concreto dos resultados desses acontecimentos no Novo Mundo é a chamada “Revolução Americana” ou Independência das 13 Colônias

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